Contratos suspensos são retomados na Rassini-NHK
Experiência anterior facilitou acordo que preservou empregos, afirma Buda, diretor do Sindicato.
Foto: Rossana Lana / SMABC
Cerca de trinta companheiros que estavam com contratos suspensos desde o final de maio, retornaram ao trabalho na Rassini-NHK, em São Bernardo, na última segunda-feira.
O acordo foi negociado pelo Sindicato e garantiu os empregos, ameaçados por um período de queda na produção. A volta foi antecipada em um mês, já que a licença estava prevista para 90 dias. A empresa cumpriu o acordo e chamou os companheiros de volta porque houve uma retomada de produção.
“Em 2008, nós tínhamos feito a mesma negociação com a Rassini-NHK para evitar as demissões durante a crise”, recordou Juarez Barros, o Buda, diretor do Sindicato. Ele explicou que essa experiência facilitou o acordo deste ano, já que ninguém foi demitido naquela época.
“Quando o Sindicato propunha o afastamento para cursos, o trabalhador ficava desconfiado, mas hoje ele vê a alternativa como a mais acertada para manter o seu emprego”, afirmou Buda.
Durante o período de afastamento, os companheiros fizeram um curso de manutenção em refrigeração e climatização e tiveram o salário pago pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e complementado pela empresa.
Ivan de Oliveira Góis, analista de laboratório júnior, que foi reintegrado à fábrica, elogiou o curso e a possibilidade de ampliar seus conhecimentos. “Aprendi uma nova profissão, com um mercado de trabalho promissor que poderei usar um dia,”, disse.
Trabalhadores estão felizes em retornar, afirma Caixa D´água, do CSE. Foto: Rossana Lana / SMABC
Papel do Sindicato foi fundamental
Pedro Jorge Soares Pereira, o Caixa D’água, coordenador do CSE na Rassini-NHK, destacou que os trabalhadores elogiaram a participação do Sindicato na busca de alternativas que preservem os empregos.
“Temos muitos pais de família, pessoas que levam o sustento para suas casas e que entendem que o afastamento é a melhor opção, nos momentos de crise. Eles estão felizes em poder voltar ao chão de fábrica”, afirmou.
Da Redação