Convenção de Prevenção em Acidentes em Prensas é renovada até 2012

Dirigentes dos sindicatos metalúrgicos filiados à FEM-CUT/SP e empresários assinaram na manhã desta sexta, dia 24, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a renovação da Convenção Coletiva de Melhorias nas Condições de Trabalho em Prensas e Equipamentos (CCTP) similares até 2012. Também prestigiaram a atividade os presidentes da CUT-SP, Adi dos Santos Lima (ex-presidente da FEM-CUTSP), da FEM-CUTSP, Valmir Marques (Biro Biro), o vice-presidente da FIESP, Roberto Della Manna, o superintendente da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de São Paulo (SERT-SP), Celso Haddad e empresários e sindicalistas dos setores metalúrgicos e químicos filiados à Força Sindical e CGTB.

Em vigor no Estado de SP há 11 anos, a Convenção tem o objetivo de diminuir o índice de acidentes nos locais de trabalho e conscientizar os empresários sobre a importância de investir em equipamentos de segurança.

Segundo dados da FIESP, a CCTP contempla 67 sindicatos de trabalhadores dos ramos metalúrgico e químico e 17 sindicatos patronais de todo o Estado. “Faremos uma Campanha junto aos nossos sindicatos, temos 117 filiados atualmente, para que façam a adesão a esta importante Convenção. Também é papel nosso defender a saúde e as condições de trabalho dos nossos trabalhadores”, afirmou o vice-presidente da FIESP, Della Manna.

Modernização
O presidente da CUT/SP, Adi dos Santos Lima, disse que a renovação da Convenção de Prensas mostra que a classe empresarial está evoluindo nas discussões do mundo do trabalho. “É de interesse de todos nós, trabalhadores e empresários, buscar a melhor qualidade de vida para as pessoas. Esta Convenção simboliza a modernização na relação capital e trabalho”, explicou.

Na mesma linha, o presidente da FEM, Biro Biro, salientou que é fundamental a renovação porque tem beneficiado na construção de ambientes de trabalho mais seguros e com menos acidentes. “Os nossos sindicatos têm participado ativamente das discussões do Grupo de Trabalho no sentido de aumentar a fiscalização, ajudando a contribuir na melhoria das condições de trabalho”, conta.

Celso Haddad, superintendente SERT-SP, ressaltou que a Superintendência tem realizado um trabalho de orientação e educação junto às empresas visando o cumprimento da lei.

Na base da Federação Metalúrgica cutista, a Convenção de Prensas está em vigor nos setores dos Grupos 2, 3, 8 e Fundição.

Histórico
A Convenção Coletiva de Melhorias nas Condições de Trabalho em Prensas e Equipamentos similares nasceu em 1999, fruto da parceria de empresários dos setores metalúrgicos e químicos e de representantes de órgãos governamentais, como a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo – SRTE/SP (antiga DRT).

A Convenção está em vigor apenas no Estado de São Paulo e tornou-se uma referência no combate aos acidentes, porque determina que as empresas só trabalhem com máquinas que garantam dispositivos de segurança, bem como promovam cursos e treinamentos aos operadores. Estas normas são discutidas por meio de uma Comissão tripartite, que reúne empresários, representantes do governo e dos trabalhadores. Em caso de descumprimento, os sindicatos podem denunciar as empresas à SRTE. O documento tem validade de dois anos e valerá até 2012.

A fim de transformar esta Convenção em uma lei nacional, o deputado Vicente Paula da Silva (Vicentinho-PT – candidato à reeleição) enviou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6504/06. O PL já foi aprovado pelas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público  (CTASP) e pela de Constituição e Justiça e de Cidadania(CCJC). O projeto ainda aguarda apreciação no Senado. Após estes trâmites, e caso seja aprovado, o PL será encaminhado para sanção ou veto do presidente da República.

Base da FEM-CUTSP
A FEM-CUT/SP tem 13 sindicatos metalúrgicos filiados em todo o Estado que representam 251 mil trabalhadores. Na base da Federação estão os seguintes setores metalúrgicos e as suas respectivas representações patronais:

Montadoras (ABC: Volks, Mercedes, Scania, Ford e Toyota – Taubaté: Ford e Volks; e São Carlos: Volks – Sinfavea) 
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos – Sindimaq e Sinaees)
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos – Sindipeças, Sindiforja e Sinpa)
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros – FIESP);
Estamparia (Sindicato Nacional das Indústrias de Estamparia de Metais – Siniem – FIESP)
Grupo 10 ou G9 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros – FIESP)
Fundição (Sindicato da Indústria de Fundição no Estado de São Paulo)

Do Portal da FEM/CUT