Convocação do Congresso poderia ser evitada
Oposição quer trabalhar durante o recesso só para manter Conselho de Ética. Bastaria trabalhar às segundas e sextas-feiras.
Governo é contra, mas auto-convocação pode sair
Deputados e senadores podem tomar a medida bastante impopular de auto-convocar o Congresso Nacional para funcionar durante o recesso, que começa dia 16, apenas para permitir o funcionamento do Conselho de Ética da Câmara, órgão que analisa as CPIs.
A convocação extraordinária daria a cada parlamentar o rendimento extra de R$ 102.777,76 brutos (sem desconto do Imposto de Renda). Seriam três salários em dezembro (o normal, o 13º e a ajuda de custo referente a 2005), dois em janeiro (normal e ajuda de custo) e três em fevereiro (normal, mais ajuda de custo de 2005 e 2006).
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que, se dependesse do presidente Lula, não haveria convocação extra.
O deputado avaliou que a convocação provocará uma reação dura da sociedade devido ao pagamento de super salários. “Não creio que seja um bom exemplo”, disse o líder do governo.
Chinaglia propõe que o presidente da Câmara converse com os integrantes do Conselho de Ética e peça para que eles trabalhem também às segundas e sextas-feiras – coisa que não fazem hoje – de maneira a fazer o funcionamento do Conselho ser mais rápido e evitar o desgaste que a convocação traria.