Cooperativas de economia solidária são o foco do Sindicato em visita ao Piauí

Representantes da direção do Metalúrgicos do ABC visitaram, na semana passada, cooperativas de economia solidária ligadas à Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários), no estado do Piauí, para debater com os gestores dessas instituições os rumos da geração de trabalho e renda no país.

Foto: Divulgação

Participaram da agenda, nas cidades de Teresina e Picos, o secretário-geral do Sindicato, Moisés Selerges e o diretor administrativo, Wellington Messias Damasceno. Na oportunidade, os dirigentes pediram uma agenda com o governador do Piauí, Wellington Dias para aprofundar a discussão sobre o tema.

Na capital piauiense a direção se reuniu com a presidente da Unisol Piauí, Edinalva Costa, associação fundada com o apoio dos Metalúrgicos do ABC, com o foco em organizar e representar empreendimentos autogestionários.

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Moisés destacou que as cooperativas têm um papel importante para a geração de postos de trabalho e que esse debate precisa ser levantado. “As cooperativas, tanto lá atrás, quando foi criada a Unisol, quanto agora, são extremamente necessárias e podem ser um caminho para discutirmos o futuro do trabalho. Se não discutirmos isso, pagaremos um preço caro no futuro”.

Já na cidade de Picos, o Sindicato visitou a Casa Apis (Central de Cooperativas Apícolas do Semi-Árido Brasileiro) e também a Cocajupi (Central de Cooperativas de Cajucultores do Estado do Piauí). Juntas essas duas associações empregam cerca de mil pessoas, e com a diminuição dos postos de trabalho as cooperativas fazem o papel da geração de empregos.

“Temos que pensar qual é o futuro do trabalho, com a questão da tecnologia, a modernização, as empresas geram menos postos de trabalhos, e as pessoas precisam sobreviver e ter renda para sustentar suas famílias”, afirmou o secretário-geral.

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Economia solidária

De acordo com os dados da Agenda Institucional do Cooperativismo, esse setor movimenta R$ 12 bilhões por ano. Só no Brasil as 6,8 mil cooperativas que praticam a economia solidária geram cerca de 398 mil empregos formais. “O poder público precisa incluir a economia solidária na sua agenda, precisamos fazer com que os governos se convençam que esse é um caminho para a geração de emprego e renda, e que o estado vai ganhar com isso.” Moisés Selerges.

Retomada

Moisés também ressaltou a importância de redirecionar o Brasil. “A gente precisa de um projeto de retomada para nosso país para que as pessoas voltem a ter comida na mesa, tenham novamente acesso à educação e principalmente voltem a ser felizes, como já fomos um dia.”