copa do mundo – Duas nações em busca de identidade
Alemanha e Espanha jogam hoje, às 15h30, para definir quem enfrenta na final a Holanda, que venceu ontem o Uruguai por 3 x 2.
Além da disputa futebolística, entram em campo duas nações em busca da construção de uma nova identidade.
O elenco germânico de hoje é uma mistura de imigrantes de diversos países. No time existem filhos de turcos (Ozil e Tasci), tunisianos (Khedira), ganeses (Boateng), espanhóis (Gomez)
e nigerianos (Aogo).
Os atacantes Klose e Podolski e o meia Trochowski nasceram na vizinha Polônia e são naturalizados. Mesmo caso do brasileiro Cacau, que também está no elenco.
Talvez seja essa a explicação para o futebol mais leve do time na Copa, diferente do tradicional futebol- força que os alemães costumavam apresentar nos mundiais.
Um país de mini nações
A seleção espanhola não tem nenhum jogador estrangeiro, mas boa parte do elenco não se
importaria em defender outra seleção.
Diversas regiões do país possuem fortes movimentos separatistas e até língua própria. A constituição espanhola dá bastante autonomia para essas regiões e isso alimenta o sentimento
nacionalista-regional dentro delas.
Duas possuem, inclusive, seleções próprias, Catalunha e País Basco, que convocam jogadores e disputam amistosos sem reconhecimento da Fifa.
Sete jogadores catalões (entre eles Xavi e Puyol) e três bascos (Xabi Alonso (foto) é um deles) estão no elenco espanhol na Copa. Esses jogadores defendem a seleção espanhola e a de suas regiões de nascimento.
Uma vitória na Copa poderia representar o fortalecimento da integração espanhola, esperança
depositada na melhor seleção já formada pela Fúria.