Coronavírus derruba a expectativas da indústria automotiva

Termômetro do Setor indica tombo nas projeções dos 522 profissionais do setor automotivo que responderam ao estudo

As expectativas da indústria sofreram tombo entre março e abril com a chegada da pandemia de Covid-19. A ruptura foi captada pelo Termômetro do Setor Automotivo, pesquisa mensal desenhada por Automotive Business em parceria com a Roland Berger para sentir o fôlego das empresas do segmento para atravessar o atual momento.

Na primeira medição, feita no início de março, a maior parte dos respondentes (43%), projetavam estagnação das exportações do segmento para 2020, com variação de 0% a -2% em relação aos volumes do ano passado. No segundo levantamento, realizado em abril com 522 profissionais, a expectativa encolheu para uma forte retração de mais de 5%. O mesmo aconteceu com as projeções de mercado. Entre março e abril a perspectiva de vendas domésticas para o segundo trimestre diminuiu 21%.

Em relação ao futuro, cresceu o porcentual de profissionais do setor que esperam que o mercado brasileiro demore mais para voltar ao patamar recorde de 3,6 milhões de unidades, registrado em 2012. Para 67% dos respondentes, este volume só poderá ser alcançado novamente após 2024.

A pesquisa também apurou que 70,6% dos respondentes apontam que as empresas programam redução de pelo menos 25% na capacidade produtiva para os próximos três meses, acompanhando a drástica queda da demanda. Parcela minoritária trabalha com cenário de corte dramático de 75% do potencial produtivo. Para os entrevistados, os negócios mais afetados pela pandemia são os fornecedores e, em seguida, as concessionárias. Em terceiro lugar aparecem as fabricantes de veículos.

Do Automotive Business