Correção livra reajuste salarial
A correção de 10% na tabela do IR coroou um ano de intensa mobilização.
Começou em maio com o recolhimento de holerites mostrando a mordida do leão e a
fita de vídeo com depoimentos dos metalúrgicos.
O material foi entregue
ao presidente Lula durante sua visita à Mercedes-Benz no final de abril, quando
ele se comprometeu com a correção. No entanto, o ministro da Fazenda, Antonio
Palocci, endureceu e manifestações aconteceram no Centro de São Paulo e na Via
Anchieta.
Novas audiências com Palocci em maio, e pela primeira vez o
governo admitiu fazer a correção na tabela. “Não descansaremos até vir a
correção”, reiterou o o presidente do Sindicato ao ministro.
A primeira
resposta do governo foi com o redutor de R$ 100,00 que vigorou entre agosto e
dezembro passados, mais promessa do governo de estudar o caso.
Logo após
a campanha salarial o assunto voltou à agenda da categoria. O Sindicato levou a
pauta à Câmara dos Deputados, ao Senado bancadas e lideranças, criando o clima
para a Marcha sobre Brasília que aconteceu na metade de dezembro. A luta colocou
o Ministério da Fazenda numa situação delicada.
“Os 10% na tabela vêm
acompanhado do compromisso do governo de zerar os resíduos de toda a inflação do
período Lula. E essa cobrança vai prosseguir”, alertou Feijóo, lembrando que a
correção garantiu os ganhos econômicos da campanha salarial.
Como calcular
1) Do salário bruto tire a contribuição do INSS
2) Desse resultado faça os
descontos por dependente
3) Se tiver, subtraia também pensão
alimentícia
4) O resultado será a renda tributável
5) Aplique sobre a
renda as alíquotas de 15% ou 27,5%
6) Deste resultado, tire a parcela a
deduzir conforme a alíquota
7) O resultado final é o desconto do IR
Como seria e como ficou
Veja na comparação quanto algumas faixas salariais pagariam de IR antes e
quanto pagarão depois da correção da tabela. Nestes exemplos são considerados um
trabalhador e três dependentes (companheira e dois filhos).