Corte dos juros ataca especulação financeira

Pegando no contrapé a maioria dos analistas financeiros que esperava queda de 0,5 ponto percentual, o Banco Central (BC) reduziu em 0,75 pontos os juros básicos do País, conhecidos pela sigla Selic, que passou de 10,5% para 9,75% ao ano.

Em quase dois anos, é a primeira vez que a taxa atinge um dígito, o que confirma a política de redução dos juros iniciada pelo governo federal em agosto do ano passado, quando a Selic estava em 12%.

A queda será um instrumento importante para conter o que a presidenta Dilma chamou de tsunami financeiro. Isto é, a grande quantidade de moeda que os países desenvolvidos despejam no resto do mundo para tentar controlar a crise econômica que os afetam.

Ela se referia aos quase R$ 13 trilhões que os governos das nações ricas passaram aos bancos de seus países para tentar salvar seus sistemas financeiros.

A maior parte desse dinheiro veio para o Brasil, pois o País paga os juros mais altos do mundo. Com o pagamento desses juros, a dívida do governo federal alcançou R$ 2,2 trilhões, ou 54% do PIB, dinheiro que poderia ter sido investido em educação, saúde, saneamento básico etc.

Com a queda da Selic, o governo entende que aos poucos o Brasil deixe de ser o País mais interessante para a especulação do planeta e comece a atrair mais investimentos produtivos.

Ao mesmo tempo, isso diminui a dívida, sobrando o dinheiro necessário para io bem estar da população.

Da Redação