Covid-19 já matou mais 632 mil brasileiros; muitos estão morrendo por não se vacinar
Alta de óbitos em relação a 14 dias atrás foi de +149%. Estudos mostram que a maioria dos que morreram nos últimos 3 meses estavam com sistema vacinal incompleto
O Brasil atingiu neste domingo (6), a marca de 632.289 vidas perdidas para a Covid-19 desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020.
A maioria dos mortos nos últimos três meses, período em que a variante ômicron, altamente contagiosa, começou a se espalhar pelo mundo, é formada por não vacinados e pessoas que não completaram o esquema vacinal, como mostram vários estudos, entre eles, um feito no Hospital Emílio Ribas, de São Paulo.
Em 24 horas, lembrando que nos finais de semana os números caem por causa da redução das equipes, o país notificou 420 óbitos por complicações causadas pela Covid-19. Na sexta-feira (4), foram registrados mais de mil mortos por Covid em um só dia o que não acontecia desde agosto de 2021.
A média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 767 – a maior registrada desde 21 de agosto do ano passado (773). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +149%.
Também no domingo, o Brasil registrou 64.561 novos casos conhecidos da doença em 24 horas, totalizando 26.536.597 diagnósticos positivos desde o começo da pandemia.
85% dos mortos no Emílio Ribas não se vacinaram
Levantamento feito pela equipe do Hospital Emílio Ribas, referência em infectologia no país, mostra que a cada cinco pessoas internadas com Covid-19, quatro não tomaram vacina ou estão com doses atrasadas.
No hospital da rede pública de São Paulo, 100% dos leitos destinados à Covid-19 estão ocupados.
Nos últimos três meses, 85% dos pacientes que morreram no Emílio Ribas não tinham vacinação completa, de acordo com a reportagem exibida no Fantástico, da TV Globo.
A rede Dor, responsável por mais de 60 hospitais em 12 estados, registrava, no fim de dezembro do ano passado, 200 pacientes internados com Covid. Agora, são cerca de 1.400, segundo o jornal O Globo.
A maioria, diz o jornal, são pessoas que estão com ciclos vacinais incompletos, principalmente as mais graves e que têm comorbidades, incluindo a idade mais avançada.
Pesquisa do Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, já havia mostrado que as pessoas que não são vacinadas contra a Covid-19 têm 97 vezes mais chances de morrer por complicações causadas pela doença do que as pessoas que são vacinadas e recebem a dose de reforço, como mostrou o site da CNN Brasil.