CPI: Cascavel afirma que era um ‘facilitador’, e não ‘ministro de fato’ na gestão Pazuello

O empresário Airton Soligo, conhecido como Airton Cascavel, negou, em depoimento à CPI da Covid ontem, que o então ministro da Saúde general Eduardo Pazuello tivesse delegado a condução dos assuntos estratégicos da pasta durante a pandemia. Ele disse ter atuado apenas como um “facilitador” das ações do Ministério.

Foto: Divulgação

“Eu trabalhava na interlocução com prefeitos e secretários. Tinha ali uma relação de diálogo permanente da ponta, da base, com o Ministério. Era um facilitador”, disse.

Ele afirmou que realizava tratativas do Ministério com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

Colapso em Manaus

Cascavel disse que esteve duas vezes em Manaus, em dezembro de 2020. Afirmou ter alertado os técnicos do Ministério para o risco de recrudescimento da pandemia no início deste ano. Segundo o ex-assessor, a pasta desenvolveu um plano para o enfrentamento da Covid-19 e enviou cerca de 90 respiradores para o Estado.

As declarações foram contestadas pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid. Ele lembrou que parte dos equipamentos não foi usada, devido à falta de componentes. Nesse sentido, classificou como omissa a atuação do Ministério durante a crise em Manaus.

Próximos depoimentos

O presidente da CPI anunciou o cronograma para a próxima semana, de acordo com a Agência Senado. Na terça-feira, 10, a CPI ouvirá o coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil. Na quarta-feira, será ouvido um representante da farmacêutica Vitamedic. No dia 12, será a vez do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.

Com informações da Rede Brasil Atual