CPI da Covid: Carlos Wizard fica em silêncio durante depoimento
O empresário Carlos Wizard utilizou o habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso e se negou a responder questionamentos dos senadores durante depoimento à CPI da Covid, ontem. Ele é suspeito de integrar o “gabinete paralelo” de aconselhamento a Bolsonaro na falta de enfrentamento à pandemia.
Em suas alegações iniciais, Wizard negou participação no gabinete e afirmou nunca ter se encontrado privadamente com Bolsonaro. Antes disso, apelou para dramas familiares para justificar a sua permanência nos Estados Unidos, ignorando a convocação da CPI.
Indícios
Segundo informações preliminares, os empresários Carlos Wizard e Luciano Hang estariam apoiando a compra de 30 milhões de doses da Covidencia, cada uma a US$ 17 dólares, a mais cara entre todos os imunizantes.
Apesar dessas alegações, Wizard foi confrontado por vídeos apresentados pelo senador Renan Calheiros, relator da CPI, que demonstram pressões pela liberação da aquisição de vacinas pela iniciativa privada. Bem como a sua participação no chamado “gabinete paralelo”, sugerindo a compra em larga escala de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.
Agenda
O representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, tem depoimento marcado para amanhã. Também foram convocados para depor Roberto Ferreira Dias, que será ouvido na quarta-feira, 7, e Ricardo Barros, na quinta-feira, 8.
A CPI também aprovou requerimento de convocação do tenente-coronel do Exército Marcelo Blanco, que foi assessor no departamento de logística do Ministério da Saúde na gestão de Roberto Ferreira Dias. Blanco participou da reunião no restaurante Vasco, quando Dias pediu propina, segundo Dominguetti Pereira.
Com informações da Rede Brasil Atual e da CUT.