CPI da Covid: diretora da Precisa se recusa a falar

A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, se negou a responder a qualquer questionamento da CPI da Covid alegando ter o habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal).

Foto: Divulgação

O primeiro questionamento do senador e relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) foi sobre o cargo de Emanuela na Precisa. Após a negativa de ceder respostas, o presidente da CPI suspendeu a sessão para consulta ao ministro Luiz Fux sobre os limites do silêncio.

“O presidente do STF, ministro Luiz Fux, disse que a diretora da Precisa Medicamentos só tem o direito de ficar em silêncio em relação a fatos que estejam vinculados à condição dela de investigada. Tirando isso, ela tem de responder às perguntas, sob pena de ser enquadrada no crime de desobediência. E o governo também está atuando para que essas pessoas não falem o que sabem aqui na CPI. Tão com medo de quê?”, postou o senador Humberto Costa (PT-PE) em suas redes sociais.

Contrato fraudulento

A Precisa Medicamentos é peça-chave para entender as denúncias de corrupção do governo federal na pandemia.

O governo de Jair Bolsonaro assinou um contrato considerado fraudulento, de acordo com testemunhos, no valor de R$ 1,6 bilhão, para a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin por US$ 15 a dose.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luis Ricardo Miranda, ex-coordenador de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, teriam informado o presidente sobre irregularidades no contrato.

No final da tarde, após Fux afirmar que cabe à CPI decidir sobre medidas contra depoente que abusa do direito de ficar em silêncio, a sessão foi retomada.

Com informações da Rede Brasil Atual