CPI da Covid: Suposto dono da Precisa se cala e tem sigilos quebrados

O depoimento do empresário Danilo Trento, ontem na CPI da Covid, foi marcado pelo uso do direito ao silêncio.

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Sem a maioria das respostas, os parlamentares aprovaram requerimento para quebra de sigilos telefônico, telemático e bancário do depoente.

Danilo Trento é sócio da empresa Primarcial Holding e Participações, com sede em São Paulo, no mesmo endereço da Primares Holding e Participações, cujo sócio é Francisco Maximiano. O empresário também foi apontando pelo lobista Marconny Faria como “verdadeiro dono” da Precisa Medicamentos.

Os senadores chegaram à CPI da Covid com material colhido a respeito do envolvimento de Danilo Trento na negociação envolvendo a vacina indiana Covaxin e o Ministério da Saúde.

Danilo informou que é diretor-institucional da Precisa e amigo de Francisco Maximiano, dono da empresa. Quando perguntado se a Primarcial tinha ligações com a Precisa, o empresário negou, mas senadores insistiram na pergunta, então o depoente exerceu o direito ao silêncio.

Ele também negou ter participado das tratativas da compra da vacina indiana Covaxin, apesar de ter viajado à Índia com membros da empresa para comprar o imunizante. Perguntado sobre o preço da vacina indiana, ele explicou que os US$ 15 foram estipulados pela fabricante Bharat. O relator Renan Calheiros rebateu: “Há provas de que a Bharat cobrava US$ 10, mas o preço subiu para US$ 17 sem motivos.”

Relação com a família Bolsonaro

Perguntado se tinha relações com a família Bolsonaro, Danilo Trento se negou a responder, recorrendo mais uma vez ao direito ao silêncio, o que causou estranheza por parte dos senadores da CPI da Covid.

Com informações da Rede Brasil Atual