CPI da pandemia investiga suspeitas de corrupção na compra de vacinas

A CPI da pandemia no Senado ouve hoje, a partir das 9h, o depoimento da fiscal de contratos no Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira, apontada pelo servidor Luis Ricardo como quem autorizou a importação da vacina Covaxin, mesmo com irregularidades.

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Os senadores da Comissão devem votar hoje novos requerimentos pedindo a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos de pessoas ouvidas pela CPI.

De acordo com a Agência Senado, estão na lista o deputado Luis Miranda, o policial Luiz Paulo Domiguetti, que se apresentou como intermediador de venda de vacinas e denunciou pedidos de propina no Ministério da Saúde; e Cristiano Alberto Carvalho, CEO da Davati Medical Supply, empresa ligada a essa negociação.

Próximos passos

Amanhã a previsão da CPI é ouvir o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, acusado por Dominguetti de cobrar propina de US$ 1 por dose, em negociação para aquisição de 400 milhões de vacinas inexistentes da AstraZeneca. Dias também foi mencionado pelos irmãos Miranda como sendo um dos que pressionaram Luis Ricardo pela importação de 20 milhões de doses da Covaxin sob contrato irregular.

Para quinta-feira está previsto ouvir Carolina Palhares Lima, diretora de Integridade do Ministério da Saúde, que enviou ao TCU (Tribunal de Contas da União) a informação sobre irregularidades na compra de kits de reagentes e insumos utilizados em testes de Covid-19. Na sexta-feira, deverá ser a vez do depoimento reservado do ex-governador do Rio Wilson Witzel.

524 mil mortes

O Brasil registrou 524.475 vidas perdidas para a Covid-19, com média móvel de 1.562 mortes por dia em uma semana. A variação foi de -24% em duas semanas. O total de casos chegou a 18.766.280, com média diária de 49.881 na semana e variação de -32% em 14 dias.

A vacinação no país está em 12,79% de pessoas imunizadas (receberam as duas doses ou a vacina de dose única), cerca de 27 milhões de pessoas. Receberam ao menos uma dose 76,3 milhões, o equivalente a 36,07% da população. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.

O Estado de São Paulo totalizou 129.675 óbitos e 3.790.090 pessoas infectadas. A ocupação dos leitos de UTI está em 65,8% na Região Metropolitana, de acordo com a Fundação Seade.

O ABC registrou total de 9.051 pessoas mortas e 223.672 infectadas. A média móvel em uma semana foi de 23 óbitos por dia, com variação de -35,1% em duas semanas. A média de casos foi de 1.109 por dia, variação de 40,2% em duas semanas, de acordo com a ABC Dados.

Com informações da Rede Brasil Atual