CPI da reforma agrária conclui que não houve desvio de recursos públicos

Bancada ruralista tentou criminalizar os movimentos sociais forçando a a criação da CPI, que não identificou irregularidades

Não houve desvio de dinheiro público para a ocupação de terras no Brasil. Esta foi a conclusão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou os convênio firmados entre entidades ligadas a reforma agrária e ministérios do governo. No total, foram realizadas treze audiências públicas em oito meses.

Também foram investigadas as contas de dezenas de cooperativas de agricultores e de associações de apoio à reforma agrária. “Foi uma CPI desnecessária”, afirmou o relator da Comissão, deputado Jilmar Tatto (PT-SP). “Não identificamos um centavo de desvio de recurso público”, completou.

Criminalizar
A CPI foi criada a partir de uma forte pressão da bancada ruralista que acusava vários Ministérios de desviaram dinheiro público para patrocinar a ocupação de terras no Brasil.

“Ficou claro que a oposição, principalmente o DEM e o PSDB estava na CPI apenas para tentar desgastar o governo federal e criminalizar os movimentos sociais no País”, disse Tatto.

Serra continua com o terrorismo
Apesar do relatório da CPI, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra faz terrorismo com a imagem do MST. Nesta semana, num encontro com latifundiários, ele afirmou que o movimento promoveria mais invasões com dinheiro público em um eventual governo Dilma Rousseff.

Agindo assim, Serra traçou a estratégia da bancada ruralista, liderada pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que querem prorrogar os trabalhos da CPI por mais seis meses com o único objetivo de tentar prejudicar o governo federal e seus aliados nos movimentos sociais.

Da redação