Creches: a primeira infância valorizada
Quando se discute educação no Brasil, em geral, a pauta sempre prestigia formas para estimular a melhoria na qualidade dos ensinos fundamental, médio e superior. São poucas as medidas adotadas que têm como foco a educação infantil. Para se ter uma idéia de quanto este segmento é relegado a um segundo plano no País, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, 90% das crianças até 3 anos, nunca frequentou uma creche.
O pensamento é que são muito pequenos para aprenderem alguma coisa, porém, segundo estudiosos e pesquisadores do desenvolvimento da criança, o período até os seis anos é considerado crucial para a formação intelectual, comprovando que uma criança que frequenta creche e pré-escola tem melhores oportunidades de desenvolver todas as suas potencialidades.
Atualmente tramita no Congresso Nacional proposta que cria o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e que foi apreciada no último mês de maio. O Fundeb será criado para substituir o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental), lei aprovada em 1996 e vigente desde 1998.
Enquanto o Fundef destina-se exclusivamente ao ensino fundamental, o Fundeb deverá, se aprovado, financiar toda a Educação Básica que envolve as etapas da educação infantil (creches para crianças de 0 a 3 anos e pré-escola para crianças de 4 a 6), do ensino fundamental e do ensino médio.
A defesa de políticas educacionais tidas como relevantes para o país está ganhando espaço. É entendimento geral que um país que cuida de suas crianças, por exemplo, por meio de políticas educativas de qualidade, viabiliza seu futuro. A educação na primeira fase da vida constitui o verdadeiro custo de oportunidade social, ou seja, a oportunidade de investimento com o maior retorno social possível.
Subseções Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e CUT Nacional