Crédito da Caixa na região sobe 36%
Os empréstimos da Caixa Econômica Federal para o Grande ABC cresceram 36% no primeiro semestre, na comparação com os primeiros seis meses de 2011. Foram liberados R$ 399 milhões, volume que supera em 2% o total emprestado em todo o ano de 2010 (R$ 391 milhões), quando a economia estava a todo vapor, batendo recorde na criação de empregos formais e registrando aumento no poder de compra da população. Os desembolsos do primeiro semestre encostaram no total emprestado na região durante todo o ano passado, R$ 427 milhões, ficando apenas 7% abaixo.
O bom desempenho deve-se, principalmente, à forte redução nos juros para os empréstimos, encabeçada pela Caixa em abril.
O segmento que mais impulsionou a expansão na liberação de crédito foi o de pessoa física. Foram financiados R$ 246 milhões, montante 38,3% maior do que o registrado nos primeiros seis meses de 2011.
Chama a atenção o crescimento expressivo de uma modalidade até então pouco comum no País, mas bastante disseminada nos Estados Unidos: a hipoteca de imóveis, também conhecida como home equity ou refinanciamento da casa própria.
A demanda por esse tipo de crédito no Grande ABC aumentou 477%, com o repasse de R$ 55,6 milhões. Um dos motivos para o desempenho é que no segundo semestre de 2011 houve importante mudança nas condições do empréstimo: a aceitação de apenas um imóvel como garantia. Até então, eram necessários pelo menos dois no nome do solicitante. Com a garantia, os juros diminuem. De acordo com a Caixa, por conta da possibilidade de tomar emprestado altos valores (é permitido até metade do preço do imóvel), muitos empresários acabaram pedindo crédito em seu nome, e não no da empresa.
Para pessoa jurídica, foram liberados na região R$ 62,3 milhões, volume que supera em 21,6% o total de janeiro a junho de 2011. O banco atribui o crescimento à especialização de gerentes para atender esse segmento – há alguns anos, o atendimento era em conjunto com pessoa física.
Quanto ao crédito imobiliário, foram financiados 8.696 imóveis, no valor de R$ 786,1 milhões, alta de 26% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Os juros da modalidade recuaram até 21% em abril, e a taxa mínima chegou a 7,4%.
Do Diário do Grande ABC