Crédito deve se normalizar até final do semestre, diz Febraban

Hélio Duarte diz que ´economia está ganhando vigor´ e que exemplo disso é a recuperação da venda de carros

O diretor executivo da Febraban, Hélio Duarte, afirmou que é bem provável que a concessão de crédito no Brasil esteja normalizada até o final do primeiro semestre. “Já existe desde fevereiro uma recuperação da tomada de crédito e concessão de financiamentos para vários setores da economia”, disse ele. “Os dados relativos às vendas de veículos neste mês são um grande exemplo. A economia está ganhando vigor aos poucos e acredito que até o final deste semestre a situação no crédito já esteja restabelecida.”
 
De acordo com a Fenabrave, as vendas totais de veículos cresceram 8,35% na primeira quinzena de fevereiro em relação à primeira quinzena de janeiro. Considerando somente automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, as vendas cresceram 16,12% no mesmo período.

“No final do ano passado, boa parte dos compradores de carros não adquiriram tais bens porque o cenário econômico estava muito incerto para os meses adiante. Agora, como a conjuntura está ficando mais clara, os consumidores estão mais propensos a adquirir veículos”, comentou Duarte.

Na avaliação do diretor executivo da Febraban, outro fator que deve colaborar para a recuperação do crédito no Brasil é a perspectiva de recuperação da economia norte-americana, a partir da posse do presidente dos EUA, Barack Obama. Para o executivo, Obama iniciou o seu governo com dinamismo. Duarte destacou que o novo governo norte-americano sancionou o pacote de estímulo fiscal de US$ 787 bilhões, cujo foco é tentar retirar o país o mais rápido possível da recessão. “Avaliamos que o presidente Obama continuará trabalhando com afinco para mover a economia dos EUA e isso será muito positivo para melhorar as expectativas dos empresários e consumidores”, disse Duarte.

Segundo o diretor da Febraban, as medidas que o governo norte-americano começa a adotar, além de revitalizar a atividade do país, devem permitir a retomada da economia internacional. Nesse contexto, com o aumento da demanda global, a concessão de crédito no mundo retornará, o que também será benéfico para recuperar o nível de financiamento do Brasil.

Da Agência Estado