Crédito e mínimo animam comércio
As vendas do comércio aumentaram em junho estimuladas pelo contínuo crescimento do crédito à pessoa física e pelo aumento do salário mínimo.
As vendas cresceram 1,2% em junho contra maio e 5,3% contra igual mês do ano passado. No primeiro semestre a alta foi de 4,6%. Nos últimos 12 meses, o avanço é de pouco mais de 7%. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em junho, o setor de móveis e eletrodomésticos teve alta de vendas de 4,3% contra maio e foi o maior impacto positivo no índice. Estes resultados foram consequência da ampliação do crédito direto ao consumidor e dos empréstimos consignados em folha, levando o segmento a atingir taxas de desempenho acima da média, verifica o IBGE.
Em hipermercados e supermercados, as vendas de produtos alimentícios, bebidas e fumo subiram 2% sobre maio e 3,4% sobre igual mês do ano anterior e são explicadas pela revisão do salário mínimo.
Outro destaque foi o de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (alta de 52%), explicado, segundo o IBGE, pela queda do dólar, que barateia os produtos de informática.
O IBGE divulgou também o índice do varejo ampliado, que inclui, além das oito atividades do comércio varejista, veículos, motos, autopeças, além de material de construção. As vendas nesse segmento subiram 3% sobre junho de 2004.
Fica demonstrado, portanto, a importância do salário mínimo para dinamização da economia. Evidentemente, como seu valor nominal é muito baixo, os reflexos, por enquanto, ficam restritos aos bens de primeira necessidade como alimentos.
A política de valorização do salário mínimo, que esperamos para os próximos anos, terá um alcance muito importante na manutenção do crescimento.
Subseções Dieese CUT Nacional e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC