Crescer e desenvolver, o novo cenário de 2023

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Foto: Adonis Guerra

O IBGE divulgou, dia 1º, o dado oficial sobre a evolução do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre de 2023. O PIB representa todo o volume de atividade econômica realizada no país e tem sua mensuração realizada a cada três meses. O dado divulgado revelou um crescimento de 0,9% no período de abril a junho em relação ao primeiro trimestre de 2023, que já havia crescido 1,8% acima do anterior.

Isso significa um crescimento acumulado de 2,72% e, mesmo considerando uma menor aceleração no segundo semestre, o PIB brasileiro deverá superar a casa dos 3% em 2023, podendo chegar a 3,5%, contrariando as expectativas de estagnação que eram predominantes no final do ano passado.

Cabe aqui destacarmos dois componentes que contribuíram para o desempenho do segundo trimestre: a recuperação da atividade industrial e o fortalecimento do consumo das famílias. No primeiro caso, a indústria (considerando também as indústrias extrativas e de construção civil) representou 20% dos componentes de oferta do PIB.

No segundo caso, o consumo das famílias, impulsionado pela redução do desemprego, políticas sociais e início do programa Desenrola, contribuiu com 62% para o crescimento econômico do país no segundo trimestre.

O crescimento do primeiro semestre de 2023 e a nova perspectiva de expansão ao longo de todo o ano são notícias que reforçam a melhoria da confiança na atividade econômica do país, o que é uma condição essencial para o efetivo desenvolvimento social e melhoria das condições de vida da população. Entretanto, a batalha contra as altas taxas de juros persiste como a principal barreira para um crescimento ainda mais robusto da atividade industrial, do mercado de trabalho e do consumo das famílias.

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