Crescimento do Brasil supera países ricos

O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no segundo trimestre ficou acima do registrado na maioria dos países desenvolvidos.

A economia do País cresceu 1,2% na comparação com os três meses imediatamente anteriores, registrou alta de 8,8% contra o primeiro trimestre de 2009 e de 8,9% se considerado todo o primeiro semestre — a maior alta para o período em 14 anos.

Nos Estados Unidos, a economia registrou alta de 0,4% no segundo trimestre. No primeiro trimestre, o crescimento havia sido de 0,9%.

A desaceleração no ritmo de expansão dos Estados Unidos levantou os temores de que a tendência de retomada da economia no país pode ser revertida.

Dados mostram que o setor privado está receoso em contratar novos funcionários, por conta das incertezas sobre a força dos negócios nos próximos meses.

Isso tem feito com que as pessoas se preocupem com a manutenção de seus empregos e gastem menos.

Mas até que o consumo das famílias se eleve, o desemprego pode continuar alto.

Japão
No Japão, que perdeu neste trimestre o posto de segunda maior economia do mundo para a China, a expansão também arrefeceu, e a expansão foi de apenas 0,1% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro.

No trimestre anterior, a economia havia crescido 1,2%.

Preocupado com a fraca recuperação do país, o Banco Central japonês expandiu seu programa de empréstimos baratos, atendendo os pedidos do governo para agir contra a alta do iene e deixando a porta aberta para mais afrouxamento monetário.

O iene saltou mais de 1% ante o dólar após o anúncio do banco, que investidores classificaram como um gesto simbólico que pouco fará para conter a valorização da moeda.

O mercado ficou desapontado com o fato de o BC não ter adotados medidas mais agressivas, como aumentar a compra de bônus do governo japonês ou reduzir a taxa de juro de 0,1% para zero.

União Européia
No caso da União Europeia, que dá sinais de recuperação após os novos problemas enfrentados graças ao alto endividamento público de alguns de seus países-membros, a expansão foi melhor que a registrada no primeiro trimestre.

O grupo de 27 países registrou elevação de 1% no PIB entre abril e junho, mesma variação registrada na zona do euro (grupo de 16 países do bloco que usam o euro como moeda única).

Nos três primeiros meses do ano, a variação (nas duas regiões) havia sido de 0,3%.

Entre os países do bloco, a Alemanha registrou a maior variação positiva no período, de 2,2% ante o primeiro trimestre –a maior taxa de crescimento desde a reunificação do país. Reino Unido (1,2%), França (0,6%) e Itália (0,4%) vêm em seguida.

A exceção ficou por conta da Grécia, que passa por uma crise fiscal e recebeu ajuda financeira da UE e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para conter seus deficit, cujo PIB registrou queda de 1,5% no trimestre.

Com Folha Online