Crescimento econômico com forte arrocho
Entre 1968 e 74, o País vive o chamado milagre brasileiro, com crescimento econômico batendo nos 10%, mas com arrocho salarial. A maior parte dos sindicatos do País, antes controlados por comunistas, fica nas mãos de interventores e pelegos.
Apesar da repressão brutal, os projetos de organização popular continuam, articulados por setores que lutam pelo fim da ditadura.
Eles estão visíveis nas sociedades amigos de bairros, nos movimentos por moradia ou legalização de imóveis clandestinos, na luta por saneamento, na conquista de sindicatos e também na criação de associações profissionais.
Em 1974 é realizado o 1º Congresso dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema. Nas montadoras, os trabalhadores mostram organização com manifestações por salários e condições de vida.
Nesse ano, o Congresso Nacional escolhe o general Ernesto Geisel como presidente.
A economia está em baixa e a crise internacional do petróleo acaba com o milagre econômico.
O movimento pela abertura política e fim da ditadura militar aumenta e 1978 será um divisor de águas. Em janeiro assume a presidência do Brasil o general João Baptista Figueiredo.
Aqui no ABC, o nosso Sindicato lança campanha por recuperação das perdas salariais. No ano anterior a inflação havia ficado em 38%, mais o reajuste salarial pretendido pelo governo seria a metade disso.
O novo sindicalismo – A partir da Scania, os metalúrgicos cruzam os braços e o movimento se estende por outras de fábricas da região.
Com as greves dos metalúrgicos em 78, 79 e 80 a classe operária retoma a cena como um novo ator político.
Mais do que uma simples reivindicação salarial, os trabalhadores reassumem a luta contra a ditadura para exigir democracia no Brasil e uma nova estrutura sindical
A partir daí a história do Brasil será diferente.