Crescimento econômico: uma pauta dos trabalhadores
O Brasil viveu na última década o mais longo período contínuo de expansão econômica. Isso é o que comprova um estudo divulgado recentemente pela Fundação Getúlio Vargas, mostrando que foram 61 meses de crescimento econômico, que se deu entre junho de 2003 e julho de 2008.
O mesmo estudo mostra que nos anos anteriores, entre 1995 e 2002, o Brasil viveu cinco períodos recessivos. O mais longo deles ocorreu entre outubro de 1997 e fevereiro de 1999, ou seja, 16 meses contínuos de depressão econômica.
Entre 1995 e 2002 (8 anos), foram gerados no mercado formal de trabalho 4,5 milhões de empregos. Já no período entre 2003 e 2008 (6 anos), foram gerados 11 milhões de empregos formais.
Em fevereiro de 1999, de cada 100 trabalhadores, 19 estavam desempregados na região metropolitana de São Paulo. Em contrapartida, em julho de 2008, este número estava em 14 desempregados a cada grupo de 100 trabalhadores na mesma região.
E qual o significado disso tudo para a vida cotidiana dos trabalhadores? Em resumo, que crescimento econômico significa mais empregos e consequentemente melhores condições de vida para os trabalhadores, ao passo que períodos recessivos tem como consequência o aumento do desemprego e uma piora do cotidiano da população, em especial dos mais pobres.
Portanto, os atuais debates sobre a manutenção do crescimento econômico não pode ficar restrito aos políticos ou aos economistas. É fundamental que se torne uma pauta das conversas e principalmente da luta dos trabalhadores por uma vida mais digna.