Crime na compra da Covaxin está na mira da CPI da Covid
Denúncias de pressão para a liberação da importação da vacina Covaxin e o fato de Bolsonaro ter conhecimento da situação pode ser a denúncia mais grave recebida até aqui pela CPI da Covid, segundo afirmou ontem o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).
O deputado Luís Miranda (DEM-DF) declarou que apresentou pessoalmente a Bolsonaro “provas contundentes” de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. De acordo com o parlamentar, o “presidente sabia que havia crime” no processo de aquisição. O deputado é irmão de Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde.
A CPI da Covid suspeita de favorecimento do governo federal ao imunizante. A vacina é a mais cara de todas as adquiridas pelo Brasil, ao custo de R$ 80 a dose. O imunizante indiano oferecido incialmente por 1,34 dólar a dose, foi comprado por 15 dólares, 1.000% a mais.
O MPF (Ministério Público Federal) identificou indícios de crime na transação. A aquisição feita pelo Ministério da Saúde foi de 20 milhões de doses da vacina indiana. O contrato para a compra da Covaxin totalizou R$ 1,6 bilhão.
504.897 mortes
O Brasil registrou 504.897 mortes pela Covid-19, com 2.080 registros em 24h. A variação em 14 dias foi de +14%. O total de casos foi 18.056.639, sendo 86.833 em 24h. A variação em duas semanas foi de +26%. Os dados são do balanço do consórcio de veículos de imprensa.