Crise econômica registra 700 suicídios na Grécia
Duas novas mortes foram acrescentadas na última quinta (13) à lista de vítimas da crise econômica, quando um homem de 91 anos e sua esposa de 80 foram encontrados mortos em sua residência em Atenas, segundo informou a polícia.
De acordo com as primeiras informações o marido utilizou uma pistola para matar sua mulher e depois suicidar-se, aparentemente após ambos deixarem uma carta dirigida aos seus filhos na qual diziam que não queriam continuar sendo um peso para eles.
Duas novas mortes que se somam aos mais de 700 suicídios ocorridos desde janeiro, 33 por cento a mais do que no ano anterior, motivados em sua maioria pela grave crise econômica que atravessa o país e levadas a cabo por aposentados ou pessoas em situação de pobreza.
A Grécia, durante anos contou, com uma das mais baixas taxas de suicídio da Europa, mas com a piora progressiva da situação econômica, esse número duplicou e, segundo os dados oficiais, afetaram mais de 2.500 pessoas desde o início da crise.
As classes populares e os idosos estão pagando um alto preço pelos profundos cortes salariais e de pensões, o aumento dos impostos e o fechamento de dezenas de milhares de empresas, fazendo disparar a taxa de desemprego a até 26 por cento da população ativa.
Depois de cinco anos de recessão, a Grécia é um dos países da Europa com maior índice de pobreza e, segundo Manos Matsaganis, professor de Economia na Universidade de Atenas, afeta 36 por cento dos gregos, enquanto 8,5 por cento vivem em extrema pobreza.
Os cientistas assinalam também que as duras condições de vida combinadas com a incerteza sobre o futuro e a insegurança generalizada estão fazendo aumentar os índices de depressão entre a população grega colocando em perigo sua integridade física e mental.
Seus relatórios estimam que 33 por cento das mulheres e 25 por cento dos homens, sofrem algum tipo de depressão, enquanto o uso de medicamentos para combatê-las aumentou em 25 por cento.
Do Vermelho.Org