Crise terá impacto positivo na competitividade do Brasil, diz pesquisa

O Brasil obteve a melhor média, seguido de Índia, China, Austrália e Canadá. Ou seja, para os economistas entrevistados, a crise financeira terá um impacto positivo sobre esses países

Um levantamento do Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral, aponta o Brasil como o País que melhor sairá da crise financeira mundial, em termos de competitividade.

A pesquisa, realizada com 16 economistas de todo o mundo, foi divulgada nesta terça-feira (8), como um anexo ao Relatório de Competitividade Global 2009. Os especialistas avaliaram se a atual crise terá um impacto negativo (nota zero) ou positivo (nota sete) sobre um grupo de 37 países.

O Brasil obteve a melhor média, seguido de Índia, China, Austrália e Canadá. Ou seja, para os economistas entrevistados, a crise financeira terá um impacto positivo sobre esses países.

“Destaque”

“O Brasil é o grande destaque do relatório este ano”, diz o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral e coordenador da pesquisa no País.

Segundo ele, os economistas entrevistados – que inclui acadêmicos e profissionais de mercado – viram de forma positiva a reação do governo brasileiro à crise econômica.

“O fato de as medidas terem priorizado o consumo interno, considerado um ponto forte do país, foi muito bem interpretado pelos economistas”, diz Arruda. Segundo ele, o Brasil foi o único país da pesquisa a receber uma nota sete de um dos entrevistados.

O Relatório de Competividade Global 2009, divulgado anualmente, mostra que o Brasil subiu oito pontos em um ranking com 133 economias, conquistando a 56ª colocação.

Segundo Arruda, o Brasil registrou melhorias nos quesitos de estabilidade econômica e sofisticação do mercado financeiro, ambos com ganho de 13 posições.

O professor lembra, no entanto, que o País continua obtendo avaliações negativas em estabilidade econômica (109º lugar), em função principalmente dos juros cobrados pelos bancos no país.

As melhores colocações do País são em tamanho de mercado (9ª posição) e em sofisticação empresarial (32º lugar), que leva em consideração fatores como a qualidade da cadeia produtiva.

Da BBC Brasil