Cuba muda foco de estudante indicada por Sindicato para curso de medicina
Bruna e o presidente do Sindicato Sérgio Nobre. Foto: Raquel Camargo / SMABC
Após um ano de estudos em Cuba, a estudante de medicina Bruna Cristina Buava mudou de ideia. Em vez de ginecologia, que pensava cursar inicialmente, ela agora quer fazer medicina da família ou do trabalho.
“A mudança aconteceu porque na medicina cubana o foco é a pessoa, com destaque para a clínica geral”, diz. “No Brasil é diferente, existem as especialidades”, prossegue.
Por isso, depois de formada, Bruna pretende quer trabalhar em algum lugar com carência de médicos. “Ou em cidades do interior ou na periferia dos grandes centros”, afirma.
A estudante esteve nesta terça-feira (30) na Sede para contar como foi seu primeiro ano na Escola Latinoamericano de Medicina, em Havana, capital de Cuba, onde foi aceita por indicação do Sindicato.
“Estou feliz, pois cheguei onde queria”, disse ela, que está em férias no Brasil e na próxima semana viaja de volta para iniciar os estudos do segundo ano. “Faço o curso que sempre quis, em numa universidade de alto nível”, afirma.
Lá estudam seis mil alunos de cerca de 60 países, em intercâmbio mantido pelo governo cubano com entidades de países amigos. Ela revela que a vida em Havana é quase só de estudos. O pessoal fica na universidade das 8h às 16h30 e toda a semana tem prova de todas as matérias.
“É normal estudarmos à noite e nos finais de semana na universidade mesmo, com grupos nas salas ou nas áreas externas. O curso exige muita leitura”, contou.
A opção de diversão nos finais de semana, quando existe tempo, é frequentar os bares e restaurantes de uma vila ao lado de Havana, com apresentações musicais ao vivo.
Para Bruna, apesar da correria do dia-a-dia, lá a vida é mais tranquila, sem o estresse daqui. “Tem muito mais verde nas ruas. E não existe esse consumismo todo que vejo aqui. É muito diferente”.
Da Redação