Curso dá base ao Escola na Fábrica

Em 1997, quando um grupo de metalúrgicos começou a implantar o curso de Formação Profissional Negociada não poderia imaginar que ele serviria de modelo ao Escola na Fábrica, proposto pelo governo Lula para a formação de trabalhadores.

Essa é conclusão do seminário entre alunos e membros da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, do Sindicato e da Coordenação de Projetos de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPE/UFRJ), que apresentou os cinco cadernos com o conteúdo do curso de Formação Profissional Negociada executado na Panex entre 1999 e o ano passado.

O diretor-executivo do Sindicato Francisco Duarte de Lima, o Alemão, um dos responsáveis pela iniciativa, conta que o diferencial do curso na Panex foi sua concepção.

“Ele não tem um conteúdo apenas técnico, focado no interesse de produção da empresa. Traz uma bagagem de assuntos relacionados às ciências humanas, cidadania e sindicalismo, especialmente a organização no local de trabalho”, explica o dirigente.

Segundo Alemão, a experiência aplicada na Panex já foi enviada a técnicos do Ministério da Educação para servir de modelo ao Escola na Fábrica.

“O projeto do governo é bom. Mas falta a nossa participação nele”, afirmou. Essa participação, disse o dirigente, é levar ao projeto algo além da formação técnica.