Curso debate racismo dentro e fora da Copa
“As diversas estratégias ideológicas utilizadas pela elite para aumentar a desigualdade racial mostram quanto a sociedade ainda precisa de conhecimento para que o preconceito contra os negros não aconteça nem dentro e nem fora da Copa”.
A afirmação é do integrante da Comissão de Igualdade Racial do Sindicato e CSE na Volks, José Laelson de Oliveira, o Leo Superliga (foto), que convida os trabalhadores a participarem da terceira aula do curso sobre História da África, que acontece nesta segunda, dia 30, às 8h30, no Centro de Formação Celso Daniel. O evento contará com a participação do secretário adjunto da Igualdade Racial da cidade de São Paulo, Maurício Pestana.
“Vamos refletir não só sobre o histórico de lutas do movimento negro, mas das lutas que acontecem ainda hoje, quando jogam uma banana em um jogador ou ofendem e fazem gestos imitando macacos, sugerindo a inferioridade étinica devido a cor da pele”, destacou Leo.
Segundo ele, a aula intensiva também trará à tona todo o combate ao racismo e a atuação do governo federal durante o mundial, com a campanha Copa sem racismo que começa nas quartas de final quando as seleções envolvidas em cada partida levantarão faixas com mensagens contra o racismo.
“A ideia da campanha é conscientizar a população sobre o respeito às diferenças e toda a diversidade cultural, racial, religiosa e opção sexual”, afirmou Leo.
O dirigente lembrou que há25 anos, o racismo foi definido na Constituição Federal, pela Lei 7.716/89, como um crime inafiançável e imprescritível no País. De acordo com a lei, a punição não pode ser paga com fiança, não tem tempo de validade e todas as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
“A denúncia dos crimes de racismo é importante para acabar com esta prática criminosa e pode ser feita até por telefone, o 0800-77-33-886 do SOS Racismo”, concluiu Leo.
Inscrições para o curso em comissoes@smabc.org.br e 4128-4282, falar com Lúcia. Vagas limitadas.
Da Redação