CUT-ABC cobra investimento patronal para reduzir acidentes no trabalho
Para Amarildo, patrões devem investir em equipamentos e segurança
Durante ato realizado em Diadema no Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho – 28 da semana passada –, a CUT-ABC cobrou responsabilidade das empresas para diminuir o número destas ocorrências.
“O consumismo elevou o volume de produção e as horas extras fazem com que o número de trabalhadores doentes ou vítimas de acidentes também aumente”, alertou o diretor executivo e coordenador da Comissão de Saúde do Sindicato, Amarildo Sesário de Araújo.
Em 2012, data do último levantamento feito pelo Ministério da Previdência com base nas CATs (Comunicações de Acidentes de Trabalho) de todo o País, foram registradas 2.712 vítimas fatais.
No mesmo ano, de acordo com dados da Previdência Social, o ABC teve registrados 19 mil acidentes de trabalho, sendo 35 com vítimas fatais.
“Os trabalhadores brasileiros vivem em seu dia a dia uma guerra não declarada, onde são as maiores vítimas”, disse Amarildo. “Por isso, a direção do Sindicato incluiu no eixo Trabalho, um dos quatro que norteará suas ações, os temas da Saúde e da Segurança”, afirmou.
Custo
Estima-se que a Previdência Social gastou R$ 17 bilhões em benefícios para trabalhadores acidentados ou lesionados em 2010.
“É um custo muito alto e a sociedade inteira paga por ele”, enfatizou Amarildo. “Por isso estamos cobrando que os patrões assumam um papel efetivo para diminuir estes números e invistam em equipamentos de segurança”, defendeu.
Outro aspecto importante citado pelo coordenador da Comissão de Saúde é o fortalecimento das CIPAs nas fábricas. “A eleição de trabalhadores comprometidos com a prevenção de acidentes nas CIPAs tem resultado na diminuição destas ocorrências e dá mais tranquilidade para os companheiros que estão no pé da máquina”, concluiu Amarildo.
Da Redação