CUT debate anistia coletiva para sindicatos atingidos pela ditadura militar
A atividade reuniu sindicalistas de diferentes segmentos em diversos estados brasileiros, de forma presencial e online
O Sindicato participou, na última terça-feira, 23, na CUT, do debate “Anistia Coletiva: pelo reconhecimento de violações e pedido de perdão do Estado brasileiro para o movimento sindical”.
A atividade reuniu sindicalistas de diferentes segmentos em diversos estados brasileiros, de forma presencial e online, com o intuito de iniciar um processo de organização do pedido de reparação para entidades sindicais que sofreram intervenção e tiveram seus dirigentes ou militantes mortos, desaparecidos e perseguidos pela ditadura militar.
O diretor executivo dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Carlos da Silva, o Luizão, que participou de maneira virtual, lembrou a perseguição sofrida pelo Sindicato e destacou o protagonismo do movimento no processo de redemocratização do país.
“No nosso Sindicato foram quatro intervenções, dirigentes foram presos, afastados e julgados pelo Tribunal Militar. É necessário o Estado reconhecer que o movimento sindical, junto a outros, foi protagonista do processo de redemocratização do país. As grandes manifestações de massa começaram pelo movimento sindical, portanto é mais do que justo que os sindicatos sejam reconhecidos como atores essenciais desse processo”, afirmou.
A secretária nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Jandyra Uehara, questionou o que os sindicatos irão fazer para que as organizações de trabalhadores atingidas pela ditadura militar recebam anistia coletiva.
“Estamos aqui para conhecer e discutir mais sobre a portaria 177 da Comissão Nacional da Verdade que abriu a possibilidade do pedido de anistia coletiva para os sindicatos. Para nós, ela abre a possibilidade concreta de resgate da memória, da verdade, da justiça e da reparação pelo qual tanto lutamos”, ressaltou a dirigente.