CUT debate Macrossetor da Indústria e nova política do governo
A CUT promove esta semana debate com dirigentes sobre o Macrossetor da Indústria. Na segunda, 22, o governo federal lançou o programa Nova Indústria Brasil, que repensa o fomento ao setor. Agora, a central discute quais disputas é preciso travar com a sociedade e com o governo para que o programa contemple emprego e renda, e como fazê-las.
No encontro de ontem, o economista e diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) Fausto Augusto Jr pediu atenção aos dirigentes para a política de desoneração da folha de pagamento de determinados setores, ainda em disputa em Brasília.
O economista explicou que a Medida Provisória custa ao governo entre 18 e 20 bilhões de reais por ano, e não apresenta consistência como política de geração de emprego.
“É preciso ter cuidado para não cair na pauta do empresariado. Este governo é um governo de coalizão. A nossa disputa é uma disputa de classe. A pauta do emprego e da renda não é das empresas. Ela é nossa. Por isso, temos que ter claro qual política defendemos para o país, do contrário os trabalhadores serão engolidos pelos industriais”, afirmou.
Fausto afirmou que para melhorar a renda do trabalhador – estagnada há dez anos – é preciso cuidar do déficit da balança de pagamento, uma conta entre o dinheiro que o Brasil recebe do exterior e o dinheiro que remete ao exterior. O saldo negativo desta conta gira em torno de 60 bilhões de dólares.
“Para equilibrar esses pagamentos o país precisa de investimento internacional e financeiro, e para melhorar a renda dos trabalhadores é preciso uma indústria forte”, defendeu.
Com informações da CUT