CUT e centrais sindicais de todo o mundo pressionam G-20 por emprego
Sindicatos do mundo todo entregam pauta de reivindicação com prioridade ao emprego e a estrutura tributária progressiva internacional
Lideranças sindicais de diversos países estão reunidas nestas quarta e quinta-feira (23 e 24) em Pittsburgh, nos Estados Unidos, na Cúpula Sindical que antecede a reunião do G20, na mesma cidade.
“Preparamos uma plataforma de reivindicações que tem duas prioridades: que os 20 países-membros implementem o acordo mundial em defesa do emprego proposto pela OIT e, em segundo lugar, que haja uma pesada regulação do mercado financeiro internacional, com uma estrutura tributária progressiva, onde quem ganha menos paga menos e quem ganha mais paga mais”, explica o presidente da CUT, Artur Henrique, que está participando do encontro.
A reunião do G20 começa quinta e termina na sexta. Os sindicalistas pretendem entregar o documento aos presidentes dos países membros e propor a criação de um comitê que envolva os ministros do Trabalho, representantes dos trabalhadores e dos empresários de todas as 20 nações, com o objetivo de adotar o acordo mundial proposto pela OIT.
Pelas ruas de Pittsburgh, os protestos já começaram desde domingo. Grupos de militantes de diversas causas se manifestam.
Enquanto isso, nos Estados Unidos às voltas com uma taxa de desemprego superior a 10% da população economicamente ativa e com um déficit em conta de 11% do PIB, vários analistas dizem aos jornais que é chegada a hora de diminuir a ajuda estatal para setores da economia ainda em dificuldades. O argumento, conservador, é de que mesmo com a retomada da atividade econômica, a intervenção estatal deixará uma conta para o futuro.
Já os países europeus, segundo jornais de Pittsburgh e agências de notícia, prometem brigar no G20 por normas bastante rígidas sobre as atividades e os salários dos altos executivos do mercado financeiro.
Da CUT