CUT e entidades lançam campanha por auxílio emergencial até o fim da pandemia
Enquanto gasta quase R$ 3 bilhões com alimentação, milhões deles em leite condensado e chiclete, Bolsonaro diz que o governo não tem como continuar pagando o auxílio emergencial a trabalhadores desempregados e informais durante a pandemia do coronavírus.
Para desmontar os argumentos do governo e impedir a explosão da pobreza no país, a CUT e mais de 270 entidades parceiras lançaram no último dia 2 uma campanha pela manutenção do auxílio emergencial até fim da pandemia.
Atualmente, quase 40 milhões de pessoas vivem na miséria no país, com renda per capita de até R$ 89 por mês. E outros 27 milhões de brasileiros passaram a viver, desde janeiro, com menos de R$ 8,20 por dia – R$ 246 por mês.
Com o fim do auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso Nacional depois de muita pressão da CUT, demais centrais e movimentos sociais, mais 17 milhões de brasileiros podem ser jogados para abaixo da linha da pobreza, apontou um estudo do Ibre/ FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
“As pessoas voltaram a pedir esmolas nos faróis, nas portas dos supermercados, farmácias e se acabar o benefício vão começar a entrar nos supermercados para comer e o caos pode se instalar no país e a gente não quer isso. É por isso que é fundamental a manutenção do auxílio emergencial”, afirmou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.
O auxílio emergencial foi a única fonte de renda para 36% dos quase 60 milhões de brasileiros que receberam o benefício de R$ 600 (R$ 1.200 para mães chefes de família). Todo esse contingente de pessoas pode ficar sem renda nenhuma para sobreviver em meio a piora da crise sanitária, social e política no Brasil e o aumento do desemprego.
“É um crime acabar com auxílio emergencial porque existe recurso e dá para arrecadar mais. É fundamental manter o auxílio emergencial até o fim do ano para evitar um caos nunca antes visto no país”, ressaltou.
O dirigente disse que se o governo de Bolsonaro quisesse, e tem a pandemia para justificar, podia criar um imposto pontual para quem ganha mais de R$ 50.000, que é uma pequena parte da população brasileira, para manter os R$ 600 até o fim do ano.
“Agora tem que ter coragem pra fazer isso e nós não podemos embarcar na história que não tem dinheiro. Tem sim, só que tem que ter coragem política pra fazer os ricos contribuir”, reafirmou Sergio.
Com informações da CUT
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Assine a petição e ajude a campanha pela manutenção do auxílio emergencial até o fim da pandemia. Acesse: auxilioateofimdapandemia.org