CUT e Movimento Sociais fazem ato contra expulsão de aluna da Uniban
Durante o ato a Universidade Bandeirante em São Bernardo resolveu reintegrar Geisy Arruda
A intolerância e o equívoco praticado pela Universidade Bandeirante, que resultou na expulsão da aluna Geisy Arruda, foi o estopim para que a Central Única dos Trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e mais de 50 entidades de movimentos sociais realizassem um ato em frente ao campus Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, para repudiar a violência sexista promovida por parte de seus alunos que hostilizaram e xingaram Geyse, no último dia 22 de outubro e a postura punitiva e anti-educativa da UNIBAN.
Na noite de segunda-feira (9), a fachada da universidade foi ocupada por centenas de manifestantes.Um caminhão de som foi utilizado para exigir reintegração de Geisy, demonstrar indignação com o caso e dialogar com os estudantes sobre direitos, liberdade e principalmente respeito ao ser humano.
Para o presidente da CUT/SP, Adi dos Santos, nenhuma retratação irá apagar o constrangimento e o cerceamento da liberdade sofrida pela aluna. “Esse não é o modelo de educação que a Central Única dos Trabalhadores quer para a sociedade. Nada vai apagar o que essa menina sofreu. É inaceitável que nos dias de hoje uma Universidade que deveria ter responsabilidade social fira a liberdade e o direito individual e coletivo das pessoas”.
A Secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT/SP, Sônia Vasconcelos, exige da UNIBAN retratações públicas e ações sociais preventivas. “A Universidade que publicou a expulsão da aluna tem que fazer retratação pública, além de investir em seminários de cidadania e direitos humanos, pois eles ajudaram a reforçar a violência na sociedade”.
Dulce Xavier, do Movimento Feminista, se mostra preocupada pelo fato da maioria dos estudantes apoiarem a Universidade e concordarem com a punição. “A Universidade fez um julgamento moral ao invés de propor uma negociação ou até uma ação educativa e os jovens não demonstraram nenhuma preocupação com essa arbitrariedade. Na década de 70 lutamos contra a ditadura, pela liberdade, contra qualquer tipo de arbitrariedade e esses estudantes ou agrediram ou foram coniventes com o fato”.
Durante o ato a Universidade Bandeirante em São Bernardo resolveu reintegrar Geisy Arruda.
O Ministério da Educação pediu oficialmente esclarecimentos à UNIBAN a respeito do caso. A instituição tem dez dias para responder.
O Ministério Público Federal também anunciou que vai apurar e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, ligada à Presidência da República, já havia se pronunciado para pedir que a universidade se explicasse.
Da CUT SP