CUT exige fim das perseguições
O aumento das perseguições políticas a sindicalistas nos últimos dez anos, como demissões e assassinatos de dirigentes, é um fator importante para a fragilização do movimento sindical no país. As perseguições ferem a imunidade sindical, garantida pela Constituição.
Elas atingiram mais de 200 dirigentes rurais e, apenas entre os metalúrgicos, mais de 80 sindicalistas nos últimos 10 anos.
“Isso prejudica as atividades das lideranças atingidas e também afasta e desintegra a militância sindical”, explica a secretária de políticas sindicais, Rosane da Silva.
Ela afirma que as demissões acontecem através de subterfúgios aceitos pela Justiça sem respeitar o artigo 659 da CLT que garante a reintegração ao demitido até que o caso seja esclarecido.
Cadastro
A partir da próxima quarta-feira, qualquer sindicato pode registrar casos de perseguição na página da CUT na internet.
Na última sexta-feira, a Central entregou ao ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Vantuil Abdala, documento reivindicando ações mais eficazes para garantir os direitos constitucionais do movimento sindical, principalmente junto aos juízes. A CUT exige respeito à imunidade sindical e a reintegração via liminar.
O ministro reconheceu que em muitos casos são fortes os indícios de que por trás da demissão de um sindicalista há perseguição política. O documento será também entregue ao governo federal, ao Supremo Tribunal Federal e à Organização Internacional do Trabalho (OIT).