CUT faz propostas para proteger emprego e renda
Documento com 25 sugestões será entregue ao governo federal para pedir garantia de renda aos trabalhadores e às suas famílias como forma de proteger o País dos reflexos da crise financeira criada pela especulação
A CUT apresentou nesta quarta-feira (5) 25 propostas com o objetivo principal de defender emprego e renda e garantir a geração de novos postos de trabalho com a manutenção do desenvolvimento econômico sustentável no País.
“As propostas serão apresentadas ao governo federal. Queremos a garantia de renda aos trabalhadores e suas famílias como forma de proteger o País dos reflexos da crise financeira criada pela especulação”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique.
Ele lembrou que, até agora, tudo o que se fala em torno da crise é sempre com a ótica do socorro ao sistema financeiro.
“É papel da CUT levar para esse debate a proteção aos trabalhadores e aos pequenos empreendimentos, essenciais para o mercado de trabalho”, afirmou.
Para ele, o trabalhador não pode pagar os efeitos da crise, criada pela irresponsabilidade do sistema financeiro.
Pauta – Uma das propostas é que os trabalhadores e os pequenos empresários possam renegociar suas dívidas com os bancos através de um plano oficial de prolongamento dos prazos e redução dos juros.
Outra é que o socorro aos bancos e empresas deve garantir contrapartidas como manutenção do nível de emprego e devolução dos recursos em parcelas e prazos previamente acertados.
“O Banco Central deve adotar medidas que façam com que, de fato, os recursos liberados pelo governo federal cheguem à economia e que não sejam utilizados pelos bancos para a especulação”, comentou.
A CUT quer assegurar também as metas do PAC – Plano de Aceleração do Crescimento em obras de infra-estrutura, além do fortalecimento do Mercosul.
Governo tem que nos ouvir
Outras propostas da Central são a implementação de políticas de geração de emprego nos setores privados e público e de um programa de geração de emprego e renda na agricultura.
A CUT quer ainda o fortalecimento dos programas de transferência de renda e de aposentadoria, e políticas públicas de saúde e educação, entre outras propostas.
Para fazer essas reivindicações chegar ao governo, a CUT pediu audiência ao presidente Lula, além de programar atos como a Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, que vai acontecer em Brasília no início de dezembro.
“O governo tem ouvido empresários, banqueiros, o setor do comércio. Tem de ouvir também os trabalhadores”, comentou Artur.
Da Tribuna Metalúrgica