CUT marca mobilização nacional pela agenda dos trabalhadores

"Vamos sair às ruas, ocupar os espaços e dar visibilidade à nossa pauta, que não é pequena", afirmou Artur Henrique, presidente da CUT


Foto: Roberto Parizotti

A CUT marcou para o 6 de julho um dia nacional de mobilização para chamar a atenção da sociedade para as propostas que os trabalhadores querem ver atendidas. A novidade é a Central ter incluído propostas para a reforma política, em debate no Congresso Nacional.

“Não queremos fazer um ato unificado, mas realizar mobilização nas principais regiões do País para mostrar a nossa pauta, ver seus pontos debatidos e encaminhados”, disse Artur Henrique, presidente da CUT.

Vale caminhada, panfletagem, atraso na entrada, marcha, parada da produção, mobilização de rua.

“Vamos sair às ruas, ocupar os espaços e dar visibilidade à nossa pauta, que não é pequena”, convocou o dirigente.

São ideias para democratizar as relações de trabalho, aumentar a democracia representativa e por mudanças que aumente a participação nos destinos do País.

“Queremos que nossas propostas sejam popularizadas e debatidas pela sociedade para podermos avançar”, comentou Artur.

Ele lembrou que no encontro da semana passada entre Lula e as centrais sindicais ficou acertada uma plenária com os movimentos sociais para fazer a reforma política deslanchar.

“As mudanças não podem ser cosméticas ou prejudiciais aos trabalhadores”, concluiu. “A reforma deve conter o fortalecimento dos partidos políticos e da democracia e o combate à influência do poder econômico”, finalizou. 

Nossa pauta é extensa

• Reforma política com financiamento público de campanha, voto em lista fechada, fidelidade partidária e redefinição do papel do Senado.

• Aumentar a democracia representativa com a regulamentação dos plebiscitos e referendos populares e a redução do número de assinaturas para apresentação de emenda popular.

• Democracia nas relações de trabalho, com organização no local de trabalho, fim das práticas antisindicais e ratificação da convenção 87, que garante liberdade e autonomia sindical.

• Melhoria das condições do trabalhador com o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, combate à terceirização, ratificação da convenção 158, que inibe a rotatividade.

• Reforma tributária com o não pagamento do imposto de renda sobre PLR e Imposto de Renda progressivo, com mais faixas.

Da Redação