CUT não foi à reunião da Fiesp com a Força

A CUT não participou da reunião realizada ontem entre a Força Sindical e a Fiesp, por não concordar com negociações que têm como ponto de partida a redução de salários atrelada à redução da jornada, suspensão de contratos e flexibilização de direitos.
“Um acordo guarda-chuva como esse que a Força quer construir cria uma generalização, como se todos os setores da economia estivessem na mesma condição, ou como se todas as empresas passassem pelo mesmo momento contábil. E isso não é verdade.
Além disso, quando se aceita um diálogo em que já se começa perdendo, você só ajuda os setores que estão aproveitando do momento para demitir ou reduzir direitos”, afirmou o presidente da CUT, Artur Henrique (foto).

Mobilização
“O que os nossos sindicatos devem fazer é em primeiro lugar resistir, rea-lizar greves, processos de mobilização e de pressão para exigir que as empresas usem o estoque de capital, os lucros imensos que tiveram
ao longo dos últimos anos, para manter os empregos”, disse Artur.
Ele entende que o desafio da CUT é lutar contra essas demissões a partir de pressão e mobilização e, nos processos de negociação nas campanhas, exigir cláusulas de manutenção do emprego para períodos de maior dificuldade, como deve ser este primeiro trimestre.
Além disso, Artur considera que há outras maneiras de enfrentar a crise: limitação das horas extras, banco de horas ou férias coletivas, que devem ser discutidas caso a caso, à luz da real situação de cada empresa.