CUT pressiona pelo fim do fator previdenciário
Sérgio Nobre, presidente do Sindicato e secretário-geral da CUT. Foto: CUT Nacional
A Câmara dos Deputados votará na quarta-feira (21) projeto que acaba com o fator previdenciário, mecanismo de arrocho das aposentadorias que foi instituído pelo governo FHC em 1999.
Para evitar o risco do fator se substituído proposta pior, a CUT fará intensa mobilização durante todo o dia em Brasília, pressionando os parlamentares a aprovar a fórmula 85/95, sem limite de idade.
“O fim do fator previdenciário é uma bandeira histórica da CUT”, afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato e secretário-geral da Central. “A 85/95 surgiu como alternativa para o fator e é fruto de consenso entre as centrais e o governo”, completou.
Hoje, o fator previdenciário reduz o valor do benefício para quem se aposenta antes da idade mínima, estipulada em 65 anos para os homens e 60 para as mulheres.
Pela proposta 85/95, o trabalhador recebe o benefício integral desde que a soma do tempo de serviço com a idade mínima seja 85 anos para as mulheres e 95 anos para os homens, sem idade mínima.
O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou que ainda costura um acordo para análise da nova proposta. “Há resistência dentro do governo em função do impacto que poderá haver na Previdência”, disse.
Por isso, segundo Sérgio Nobre, a pressão dos trabalhadores tem que ser intensa para evitar surpresas desagradáveis. “Retroceder nesse tema é inaceitável”, finalizou.
Da Redação