CUT pressiona pelo fim do imposto sindical
Central quer que Congresso Nacional vote o fim da obrigatoriedade e aprove a taxa negocial, mais transparente e democrática.
O governo federal vai
enviar ao Congresso, nos
próximo dias, o projeto de
lei que acaba com o imposto
sindical. O projeto foi
definido em debate com as
centrais sindicais.
O diretor do Sindicato e
da CUT, José Lopes Feijóo, disse que os dirigentes
da Central já estão conversando
com os parlamentares
para que o projeto seja aprovado
ainda neste ano.
Qual a posição da CUT?
A CUT defende o envio
do projeto para o Congresso
mesmo com divergências
entre as centrais.
Queremos o fim do
imposto sindical, que é descontado
compulsoriamente
do trabalhador, e também
das taxas confederativa e
assistencial.
Em seu lugar queremos
estabelecer a taxa negocial,
que será cobrada mediante
decisão do trabalhador em
assembléia.
Como vai funcionar?
Depois de uma negociação,
o trabalhador pode
aprovar a taxa negocial se
entender que foi bem representado
pelo Sindicato.
O valor pode ser zero, se
o trabalhador achar que o
Sindicato não merece. O
projeto acaba com a obrigatoriedade.
O trabalhador vai
decidir se tem taxa ou não, e
qual será o seu valor.
Essa mudança não
vai aumentar o desconto
do trabalhador?
Como vai aumentar, se
o trabalhador pode decidir
por pagar zero? O valor só
aumentaria se a taxa fosse
obrigatória. Isso é bobagem,
é coisa da grande imprensa,
que faz esse discurso
para deixar o movimento
sindical sem recurso e sem
condições de levar adiante a
luta dos trabalhadores.
Todas as centrais estão
com essa posição?
Não. Tem central que
quer a continuidade do imposto
sindical, da taxa negocial
e também da taxa confederativa.
Essas centrais querem
que o trabalhador pague na
marra, mesmo se o Sindicato
não organizar a luta.
Como está a conversa
com os deputados federais
e senadores?
Já conversamos com
os parlamentares durante o
processo de reconhecimento
legal das centrais sindicais.
Agora, queremos que
eles repitam o voto a favor
do trabalhador, criando um
sistema moderno de organização
social.