CUT realiza seminário sobre empregabilidade da população negra

Dirigentes sindicais e movimentos sociais se reuniram para dialogar a respeito do papel dos sindicatos no combate ao racismo

A inserção da população negra no mercado de trabalho foi o destaque do seminário realizado pela Secretaria de Combate ao Racismo da CUT São Paulo, no dia 27 de novembro. Dirigentes sindicais de 22 sindicatos e movimentos se reuniram no auditório da CUT para dialogar a respeito do papel dos sindicatos no combate à desigualdade racial nos locais de trabalho e na sociedade.

O coordenador da Comissão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo dos Metalúrgicos do ABC, Clayton Willian, comentou os debates realizados. “Foi muito destacado que mesmo a pessoa sendo qualificada, o tom da pele ainda implica para que ela tenha ascensão profissional. Tudo isso traz muito dano para a população preta. Mesmo com toda a política afirmativa que existe hoje, ainda assim o mercado de trabalho não absorve como deveria ou faz distinção pelo tom de pele”.

Rendimentos mais baixos

De acordo com dados apresentados pelo Dieese, com base em dados da PnadC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE, referentes ao 2º trimestre de 2024, das 10 ocupações com maiores rendimentos, os negros ainda são minoria, representando somente 27%.

O rendimento médio dos negros é 40% inferior ao dos não negros. As mulheres negras são as mais prejudicadas neste cenário: o rendimento médio delas no país era de R$ 2.392, valor 40% abaixo ao dos demais trabalhadores (R$ 4.008).