CUT se prepara para Fórum Social das Américas
Encontro será no Paraguai e discutirá Entre outros temas, pós-neoliberalismo, integração, socialismo, estratégias de militarização e dominação imperial
A Central Única do Trabalhadores, CUT, está se preparando para participar do Fórum Social das Américas, de 11 a 15 de agosto, em Assunção, no Paraguai.
Na avaliação de João Felício, Secretário de Relações Internacionais da organização, o encontro “será uma excelente oportunidade da CUT reafirmar a nossa concepção de desenvolvimento, que está intimamente ligada à afirmação da soberania nacional, de investimento na esfera pública, na produção, na geração de empregos de qualidade, com distribuição de renda e ampliação de direitos”, afirma.
“Diferentemente do que pensam e praticam os neocolonizados – como são os demos e os tucanos – é bom para o Brasil que o Paraguai cresça, que a Argentina, a Bolívia e o Uruguai cresçam, assim como todos os demais países da região, porque a desigualdade, a injustiça e a situação de inferioridade não fazem bem para ninguém”
Migrantes
O líder cutista acredita que o Fórum Social em Assunção deve também potencializar o protagonismo do movimento sindical em relação a temas como o dos migrantes, que já vem sendo priorizados nas ações da Confederação Sindical Internacional.
“Há uma quantidade enorme de paraguaios no Brasil e também de brasileiros no Paraguai, o que fez com que tenhamos um projeto da CSI, que envolve a CUT-Brasil, a CNT e a CUT Autêntica do Paraguai, para ampliar e reconhecer direitos lá e aqui. Da mesma forma estamos buscando fortalecer a organização sindical”, disse.
Na pauta do evento que inicia na próxima quarta-feira na capital paraguaia estão o desafio dos processos de transformação no hemisfério: pós-neoliberalismo, integração, socialismo, Bem Viver / Viver Bem e mudanças civilizatórias; Estratégias de militarização e dominação imperial, e alternativas de resistência dos povos; Defesa e transformação das condições e modos de vida frente ao capitalismo depredador; A soberania alimentar como núcleo de novos equilíbrios de vida; As disputas hegemônicas: comunicação, culturas, conhecimentos, educação; Povos e nacionalidades indígenas originários e afrodescendentes: o desafio da plurinacionalidade; e Memória e justiça histórica.
Comunicação
Antecedendo o Fórum, a Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) e a Confederação Sindical das Américas (CSA) realizarão encontros com comunicadores sindicais, com ênfase na conformação de uma rede alternativa pela democratização da mídia. “São iniciativas que se multiplicam em busca de uma comunicação veraz, independente dos conglomerados que transformaram a informação em mercadoria”, concluiu.
Com Portal da CUT Nacional