CUT: uma história de solidariedade

Numa noite fria de
agosto, há 25 anos, trabalhadores
vindos das mais
diversas regiões do país se
reuniam no Pavilhão Vera
Cruz em São Bernardo,
para fundar a Central Única
dos Trabalhadores.

Reuniram-se cerca de
5.000 sindicalistas, que
por virem de tão longe, e
devido ao inesperado frio
que fazia, tiveram que
contar com ajuda solidária
de companheiros que
saíram em mutirão a bater
de porta em porta pedindo
contribuições, germinando,
assim, aquilo
que seria sacramentado
também através de palavras.
O início da história
da Central.

Este grande encontro
de trabalhadores trazia
como proposta fundamental
a busca incessante de
uma sociedade mais justa
e igualitária com relações
mais solidárias e democráticas.

Como? Consolidando
uma nova proposta sindical
para o país. Unindo
e fortalecendo trabalhadores
das diversas categorias,
retomando sua
identidade de classe, respeitando
as diversas realidades
e avançando nas
conquistas de propostas
democráticas nas fábricas
e na sociedade.

Este projeto criou raízes,
têm resistido até
mesmo ao enorme empenho
do projeto neoliberal
ao tentar nos “convencer”
de que o individualismo
e a competitividade
são naturais, que
cada um de nós é uma
ilha, que devemos valorizar
o mundo privado
em detrimento ao público,
bem como de que as
coisas são “naturais”, dificultando
nossa percepção
de que estamos em
movimento…

Felizmente, aqueles
laços de solidariedade
construídos ao longo da
história de lutas dos trabalhadores
no Brasil e
reafirmados pela CUT
há 25 anos não apenas
resistem, como confirmam,
através de sua
ação cotidiana, as reivindicações
por mudanças,
e de conquistas realizadas
coletivamente e
de forma solidária, que
as teses neoliberais construídas
para explicar a
realidade são ocas.

Departamento de Formação