D.Helder Câmara, um marco na Igreja do Brasil
Hoje completam cinco anos que Dom Helder Câmara faleceu. Marco na Igreja Católica no Brasil, ajudou a mudá-la. Sua influência não se limitou ao País sendo uma figura mundialmente conhecida, amada e contestada.
Ele foi o principal agente da reorganização da Ação Católica Operária (ACO) e do reconhecimento oficial dos movimentos para a ação dos leigos, como a Juventude Estudantil Católica (JEC), a Juventude Operária Católica (JOC) e outros. Organizou o episcopado brasileiro através da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), fundada em outubro de 1952.
“Quando dou de comer aos pobres, chamam-me santo. Quando respondo porque os pobres têm fome, chamam-me comunista”. Assim dom Helder resumia suas dificuldades com as autoridades políticas e religiosas quando defendia uma maior igualdade e justiça no País e dentro da Igreja.
Igreja dos pobres
Ele desejava uma Igreja mais participativa, orientada para a defesa dos pobres e a favor dos movimentos sociais.
A partir de 1964, ao ver a violação brutal dos direito humanos patrocinada pela ditadura militar, dom Helder passou a atuar em defesa dos presos políticos e contra a tortura no Brasil, cuja existência o governo militar procurava negar. Foi o período em que enfrentou as maiores dificuldades, mas também de maior projeção no exterior.
O bispo dos pobres soube atrair as atenções de todos os que trabalham e sofrem em favor de uma sociedade mais justa, não importa qual seja seu credo.