Das classes baixas à classe média

Os programas de transferência de renda do governo federal, a geração de emprego e mais crédito provocaram a ascensão de 8 milhões de brasileiros que estavam nas classes econômicas D e E para a classe média. A revelação está em duas pesquisas divulgadas nesta semana.

Renda e emprego elevam 8 milhões de pessoas à classe C

Mais de 8 milhões de pessoas ascenderam socialmente e deixaram de ser consideradas de classe baixa, segundo pesquisas do Instituto de Pesquisa Target e do Datafolha, do jornal Folha de S.Paulo. Como conseqüência, a classe média aumentou.

O crescimento no número de empregos com carteira assinada; o aumento do poder de compra das famílias, seja por aumento de salário ou mais facilidade de crédito; e as políticas sociais do governo federal foram apontados pelos dois institutos como os principais responsáveis pela mudança social no Brasil.

O Target acompanha anualmente o potencial de consumo das classes econômicas do País com base nos levantamentos do IBGE. Já o Datafolha produziu o levantamento na última pesquisa de intenção de voto.

Segundo o órgão, 49% dos eleitores em todo o País consideram que sua situação econômica vai melhorar nos próximos anos.

As duas pesquisas apresentam resultados semelhantes ao descobrir que ascensão social fez aumentar o consumo dessas pessoas.

Hoje, os brasileiros compram mais alimentos, bebidas, artigos de uso pessoal, e gastam mais com transportes (combustível e carro) e com casa (reforma e mobília).

Divisão é conhecida por faixa de renda

O Target considera pertencentes à classe média famílias com renda entre R$ 1.140,00 a R$ 3.750,00 e as classifica economicamente como B1 e B2 e C. Ano passado eram mais de 25 milhões de famílias nesta classificação. Em 2006, esse número subiu para quase 28 milhões de casas.

Ainda de acordo com o Target, o número das famílias consideradas pobres (classes D e E), que ganham entre R$ 300,00 e R$ 570,00, foi reduzido e passou de 14,3 milhões no ano passado para 13,9 milhões este ano.

O topo da pirâmide do consumo (classes A e B), com renda entre R$ 3.750,00 e R$ 11.700, registrou também um ligeiro crescimento.