De quem é a responsabilidade?

A produção de lixo no
planeta está crescendo de
forma assustadora, especialmente
a gerada pelo
consumo de equipamentos
eletrônicos.

Depois de utilizados,
os produtos, em sua grande
maioria, vão para o lixo,
causando um grande impacto
ambiental. Até agora,
a preocupação das companhias
era assegurar que seus
produtos chegassem às prateleiras
de forma atraente. O
que o consumidor fazia com
as embalagens depois não
lhes dizia respeito.

Por pressões das ongs,
em especial o Greenpeace,
que defendem a redução da
produção de lixo no planeta,
e também porque os governos
estão mais atentos
à questão ambiental, uma
mudança radical está acontecendo
na maneira de como
as empresas têm de pensar
seus negócios.

Em alguns países, elas
já começam a praticar a
logística reversa, isto é, começam
a reaproveitar nas
linhas de produção equipamentos
descartados pelos
consumidores.

É o caso da fabricante
americana de celulares
Motorola, por exemplo, que
começou a coleta de celulares
usados em 2004, recolhendo
por ano 2.500
toneladas de equipamentos.
Aqui no Brasil, o caso
mais recente é o da HP,
que habilitou em Sorocaba
um centro de serviço autorizado
para receber baterias
e impressoras descartadas
pelos clientes. Nada
mais justo!

Por exemplo, quando
compramos um refrigerante
estamos interessados no
líquido e não no vasilhame.
A empresa que assegurou
nas prateleiras do
mercado este refrigerante
deveria ser a responsável
pelo vasilhame após
o consumo. Desta forma,
além de evitar a poluição
do meio ambiente, a empresa
estaria colaborando
para reduzir o custo de sua
produção e até, quem sabe,
o produto pudesse voltar
aos consumidores por um
preço mais em conta. Num
passado não muito distante,
os refrigerantes, cervejas,
leite e outros eram comercializados
em vidros
ou plásticos retornáveis.
Porque não voltar com essa
idéia?

Subseção Dieese dos Metalúrgicos do ABC