Debate sobre CCPs: Metalúrgicos da CUT podem ser modelo
As Comissões de Conciliação Prévia (CCPs) dos metalúrgicos da CUT podem servir de modelo para o País. A afirmação é do presidente da Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Francisco Fausto, que mudou sua opinião sobre esse o órgão depois de conhecer as CCPs que funcionam na Regional Diadema. “O modelo adotado no ABC pode servir de paradigma. Deveríamos pegar esse exemplo para regulamentar as Comissões que existem no Brasil”, afirmou.
Fausto visitou na tarde da última terça-feira as Comissões instaladas pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e os Grupos 5 e 9, que funcionam na Re-gional Diadema. Depois participou de debate sobre o assunto na Sede do Sindicato.
O ministro afirmou que não é contra as Comissões, mas contra as más Comissões. Recentemente, ele defendeu sua extinção diante das denúncias de irregularidades, como cobrança de taxas e fraude em direitos dos trabalhadores. “Disse na ocasião que se não pudéssemos acabar com as irregularidades, que se acabassem com as Comissões, mas era para efeito de retórica, de convencimento”, explicou. A regulamentação das Comissões, para impedi-las de cobranças e de promover homologações, foi defendida por todos os participantes do debate.
Fortalecer a organização
O presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, também defendeu a regulamentação das CCPs, mas acredita que a resolução de conflitos deva acontecer no mesmo local onde surgem.
Para isso, Feijóo salientou que são necessárias a ampliação da organização no local de trabalho e o fortalecimento dos sindicatos.
O presidente da CUT, Luiz Marinho, propôs unir esforços para acabar com a pilantragem, ou seja, trabalhar para proibir a atuação de conciliadores que recebem até R$ 50 mil por mês.