Déficit comercial das autopeças sobe 20%, para US$ 6,2 bilhões
Com a China na liderança, importações cresceram 14% até maio, para US$ 9,5 bilhões
As exportações de autopeças brasileiras atingiram US$ 3,3 bilhões este ano, com alta de 4,6% sobre os US$ 3,18 milhões de janeiro a maio de 2024. Já as importações, no mesmo comparativo, saltaram 14,4%, de US$ 8,3 bilhões para US$ 9,5 bilhões, gerando déficit comercial da ordem de US$ 6,17 bilhões, valor 20,5% superior ao registrado no mesmo período de 2024 (US$ 5,13 bilhões).
Os números constam no relatório da balança comercial divulgado pelo Sindipeças, que relata aumento do saldo negativo em maio por conta das exportações estáveis e das importações em alta no mês. As vendas externas somaram US$ 682,3 milhões, com elevação ínfima de 0,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto as importações, que tinham mostrado sinais de desaceleração em março e abril, recuperaram força, atingindo US$ 1,9 bilhão em maio, expansão de 15,5% no comparativo interanual. O déficit no mês ficou em US$ 1,3 bilhão.
A China segue no topo do ranking dos países que mais vendem autopeças para o Brasil, com US$ 1,72 bilhão este ano, valor 18,1% maior do que o registrado nos primeiros cinco meses de 2041. Os Estados Unidos vêm na sequência, com US$ 986,5 milhões, alta de 9,7%. Na avaliação do Sindipeças, o avanço expressivo das importações pode estar associado à recente valorização do real frente ao dólar, cuja trajetória tem sido de queda ao longo do ano.
A expectativa dos produtores pode ser de que esse movimento se sustente ao longo do ano, o que gera aceleração nas compras. Com relação às exportações, o Brasil foi favorecido com a ampliação do acordo com a Argentina, que retomou a eliminação das tarifas sobre a importação de autopeças a fim de reduzir custos e fortalecer a competitividade da indústria brasileira.
Do AutoIndústria