Déficit das autopeças desde o início do ano soma US$ 1,5 bilhão

Sindicato tem alertado para a importância do retorno da alíquota de 15% para reduzir importações no país.

O setor de autopeças continua preocupado com a balança comercial. De janeiro a maio o déficit é de US$ 1,5 bilhão, o dobro do acumulado no mesmo período do ano passado.

No período, as importações somaram o resultado positivo de US$ 5 bilhões, 61,2% a mais do que nos mesmos meses de 2009.

Com alíquota de 9%, aumento da produção de carros e real desvalorizado, este crescimento  torna-se preocupante para o mercado de trabalho no setor. ” Quanto mais compras de peças são feitas no exterior é menor sua produção nmo Brasil, fazendo cair os empregos no setor”, alertou ontem o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre.

Já as exportações registraram aumentos gradativos nos cinco primeiros meses deste ano. De acordo com os números do Sindipeças em janeiro as empresas fabricantes de autopeças instaladas no Brasil exportaram US$ 506,7 milhões, passando a US$ 823 milhões em março, mantendo o mesmo patamar em maio. Nos cinco primeiros meses as exportações ultrapassam US$ 3,4 bilhões, 46,2% de alta perante o mesmo período de 2009.

A Argentina continua sendo o principal destino das peças produzidas aqui, 36,5% do total, somando US$ 1,2 bilhão no período, o que representa 85,2% de crescimento ante os mesmos meses de 2009. Os Estados Unidos são o segundo maior comprador, 13,4% do total, com US$ 464 milhões de janeiro a maio, 32% de variação positiva perante igual acumulado do ano passado.

O Japão ocupa a primeira colocação dentre os países que mais exportam autopeças para o Brasil, 27,7% do total: nos cinco primeiros meses chegaram de lá o equivalente a US$ 773,8 milhões em itens, alta de US$ de 27,7% na comparação com idênticos meses do ano passado. O segundo maior fornecedor para o Brasil é a Alemanha, 14% do total, somando US$ 707,6 milhões, 54,7% de crescimento na mesma comparação.

Da redação com CNM/CUT